quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O estado do nosso país (3 em 1)

No início desta semana, o meu marido regressa a casa depois de mais uma visita à mãe, que continua internada, já há duas semanas, e diz: Afinal, parece que a minha mãe não tem nenhuma vertebra partida? Oi? Então a senhora passa o Natal imobilizada, no Hospital e agora vêm dizer que afinal foi um engano. Hum??? Dá medo. Quero acreditar que há uma boa razão nisto tudo.

Hoje, pouco passavam das oito da manhã e liga-me o meu marido a avisar de um radar numa "espécie" de via rápida aqui de Mafra. Tem duas faixas, é uma recta sem qualquer passadeira, não tem sinais e deveria servir para se andar um pouco mais depressa. Mas não. Hoje estavam a multar com 300 euros quem ultrapassasse os 50 km/h. O meu marido foi, pois claro, um dos escolhidos para ajudar o país nesta altura má. Quando desligo o telefone, a minha filha mais crescida que estava atenta à conversa diz: Os polícias se andassem atrás dos ladrões em vez de multar, não faziam melhor? Pois é, parece que uma mente de 5 anos é mais esperta que muitas de 50.

Entretanto, eu hoje passei a manhã inteira na Emel, na Pinheiro Chagas, para NADA. Por causa de uma multa de Abril de 2010 em que eu tinha pago parquímetro. Quem me atendeu ficou de boca aberta. Foi falar com a colega que também ficou. E andamos todos assim, com cara de parvos, a ver o tempo a passar. Às tantas e depois da senhora me ter dito que tinha que enviar nova carta registada para a morada XPTO, eu pergunto: Mas o que fazem vocês aqui se não podem resolver isto? Aqui só estamos para cobrar multas. Muito bem. Muito bem, mesmo.
É o país que temos.

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