terça-feira, 18 de outubro de 2011

O livro do Daniel

Eu e o Daniel Oliveira temos mais ou menos a mesma idade. Ok, eu sou mais velha dois anos! A questão é que quando comecei a ter noção do jornalismo e de que era isto que queria fazer na vida (a bem da verdade foi com 9 anos que disse em casa que queria ser jornalista) fiquei logo fascinada com a motivação do Daniel. Eu segui o caminho mais cómodo, tradicional e, por ventura, o mais errado: fazer o percurso direitinho. Primeiro estudar, tirar um curso, no meu caso Ciências da Comunicação, fazer um estágio e trabalhar a qualquer custo, numa qualquer redacção. O estágio surgiu no meu terceiro ano de faculdade e no quarto ano já estudei e trabalhei. O Daniel, que eu não conheço de lado de nenhum, a não ser do que vem a público, atirou-se às feras, logo assim com 16 anos. Fez o seu jornal, não tinha vergonha de fazer entrevistas, ia para os estúdios de televisão, para ver, e, se lhe dessem oportunidade, experimentar. E deram. E ainda bem. É uma lição de vida extraordinária. Ele que até já deu a conhecer que não teve uma infância feliz, acreditou que era capaz e conseguiu. Hoje, é dos jornalistas da sua geração mais brilhantes. Acima de tudo é um profissional de trabalho. E aqui há dias, faz hoje precisamente uma semana, fui ao lançamento do livro dele “Alta Definição – o que dizem os teus olhos” e foi muito engraçado, reconfortante até, ver quantos o admiram. Quantos respeitam o seu trabalho. Não fui seguidora fiel do programa na Sic, embora sempre que estava em casa àquela hora da tarde e com a televisão ligada, ficava presa às entrevistas. Porque o Daniel tem esse dom: prender o espectador às suas palavras, aos seus trabalho. Ontem, deliciei-me a ler algumas das entrevistas, agora eternizadas em livro. Uma edição da Guerra e Paz Editores e que pertence ao Clube do Livro SIC. Ora, quem gosta de pessoas e de histórias com gente dentro, como costumo dizer, gente verdadeira, tantas vezes igual a nós, não deve deixar de ler.

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